Voo da Chape teve indicação de emergência 40 minutos antes de cair, mas tripulação nada fez


A Aeronáutica Civil da Colômbia apresentou na manhã desta sexta-feira (27) as conclusões do relatório sobre o desastre com avião da LaMia que caiu dia 28 de novembro de 2016 levando a delegação da Chapecoense e deixando 71 mortos. A investigação confirma que o combustível do avião era insuficiente para o vôo entre Santa Cruz e Medellín e que a empresa aérea não se preparou adequadamente para vôos internacionais. A pane, de acordo com as investigações, começou 40 minutos antes de o avião cair. Os pilotos sabiam disso. O contrato do vôo previa escala entre São Paulo e o aeroporto de Medellín, mas a empresa planejou viagem direta. A falta de combustível foi o motivo da queda do avião do time brasileiro, num dos maiores desastres aéreos do mundo.
“O avião caiu por falta de combustível”, informou os representantes da aeronáutica civil da Colômbia sem meias palavras. “Os quatro motores da aeronave pararam de funcionar, o que provocou a queda. Pararam de funcionar por falta de combustível”. Além de apontar a causa que levou a queda do avião, os representantes colombianos listaram algumas recomendações aos agentes e operadores aéreos para que acidentes por esse motivo nunca mais aconteçam. Citaram a necessidade de aumentar e divulgar as recomendações de segurança e tornar público planos e condições de vôos para viagens internacionais.
Outra recomendação dada após as investigações foi revisar as operações de vôos e de segurança internacionais, assim como fortalecer os padrões e a documentação de trânsito aéreo entre países, de modo a fazer com que as instituições responsáveis se sintam no direito de autorizar ou recusar planos de vôos.