Aumento dos casos de Leptospirose preocupa médicos
Um aumento de 25% no número de casos notificados de leptospirose no
primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017 está deixando
médicos e unidades de saúde em estado de alerta. De acordo com a Secretaria
Estadual de Saúde (SES/PE), até 9 de junho deste ano foram notificados 435
casos da doença no estado, contra 348 no mesmo período do ano passado. Em 2017,
24 pessoas morreram por causa da leptospirose. Em 2018, até agora, 4 óbitos
foram confirmados.
A doença é transmitida pela
urina de ratos contaminados pela bactéria Leptospira, presente em esgotos,
bueiros e lixo, misturada à água das chuvas e à lama de enchentes. O contato
com a água contaminada pode provocar sintomas como febre, fadiga e dor
muscular, que muito se assemelham aos da gripe e da dengue. “A pessoa tem
febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente na batata da perna,
podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Urina escura, cor de sangue e
olhos alaranjados além de manchas de sangue na pele e sangramentos,
insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
De janeiro a junho deste ano,
o HMA registrou 38 notificações da doença. Maio foi o mês com mais
sorologias positivadas para leptospirose, com 11 notificações e, desses, 7
resultados reagentes. Segundo o Núcleo de Vigilância
Epidemiológica (NEPI/HMA), o motivo foi a chuva, que aumentou o risco de
exposição e contaminação da doença.
É muito importante procurar as
unidades de saúde se você teve contato com água das chuvas e for constatado
algum dos sintomas previstos. “Não se deve fazer automedicação, pois a doença
pode se agravar de forma muito rápida”. A demora no diagnóstico pode agravar a
doença, levando até ao óbito. Os casos mais leves podem ser tratados em
ambulatório, mas os casos graves precisam de internação. O tratamento é baseado
no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um
médico, de acordo com os sintomas apresentados.
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