Bolsas de estudos podem ser interrompidas em 2019, diz Capes
A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior), uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa e à
formação de docentes do país, enviou ao ministro da Educação, Rossieli Soares
da Silva, uma nota dizendo que o teto de gastos que deve ser imposto à entidade
em 2019 pode inviabilizar o pagamento de bolsas de estudos, entre outras
atividades.
Segundo o documento,
assinado pelo presidente da Capes, Abílio Baeta Neves, só haveria recursos para
a entidade cumprir seus compromissos até o mês de agosto de 2019.
O número de prejudicados, nas contas da
agência, pode chegar a 93 mil alunos de pós-graduação (mestrado, doutorado e
pós-doutorado), 105 mil beneficiários de programas voltados à educação básica e
245 mil pessoas ligados à Universidade Aberta do Brasil (UAB), entre alunos e
bolsistas -professores, tutores, assistentes e coordenadores.
O impacto pode ser grande porque a
maior parte da pesquisa nacional é produzida dentro de universidades, durante o
desenvolvimento de teses e dissertações.
De R$ 7,77 bilhões
empenhados em 2015, o orçamento da Capes caiu para R$ 4,96 bilhões em 2017 (a
diferença, grosso modo, é o equivalente ao programa Ciência Sem Fronteiras,
hoje suspenso). Em 2018 o valor aprovado é de R$ 3,94 bilhões, dos quais R$
1,95 bi já foram gastos.
Em nota, a Capes afirma que
"nenhum dos programas de fomento em andamento ao longo de 2018 será
afetado pela limitação do teto orçamentário sugerido para a LDO [Lei de
Diretrizes Orçamentárias] 2019."
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