Submarino argentino desaparecido há um ano é achado no fundo do mar

Os argentinos despertaram na manhã deste sábado (17), véspera de um fim de semana prolongado por conta do feriado de segunda-feira (comemoração da Batalha del Obligado), surpresos com a notícia da localização do submarino ARA San Juan, cujo desaparecimento há mais de um ano havia sido lembrado por familiares e pelo próprio presidente Mauricio Macri nesta semana.
O submarino foi encontrado pela empresa norte-americana Ocean Infinity, após a detecção de um objeto de 60 metros de comprimento, similar ao tamanho do submarino, cujo último contato feito com a base havia sido em 15 de novembro de 2017. Depois, desapareceu, com 44 tripulantes a bordo.
Na época, o caso chamou a atenção midiática de todo o mundo, e fez com que familiares dos tripulantes passassem a fazer vigília em Mar del Plata, local onde a embarcação tinha previsto chegar.
Imagens feitas por um robô de busca da Ocean Infinity foram mostradas a familiares dos tripulantes, reunidos em Mar del Plata, neste sábado.
Agora, o governo argentino e as Forças Armadas terão que apresentar uma estratégia sobre como e se vale a pena resgatar o submarino. Como a explosão gerou um incêndio, e nunca mais houve contato da tripulação, o mais provável é que todos a bordo tenham morrido.
Mesmo que houvesse sobreviventes, informou a Marinha, não havia água ou comida que pudessem sustentá-la por todo esse tempo.
Quando desapareceu o submarino, os boletins diários da Marinha, que mostravam a cada dia que a desinformação era total e já não se sabia como nem onde procurar, causaram desgaste entre o governo e as Forças Armadas.
Um outro submarino, o Seabed Constructor, foi enviado ao local e a primeira informação ao se encontrar com a embarcação é de que "está quase inteira, com o corpo impecável, porém com a proa achatada".