Polícia Federal deflagra a "Operação Contrassenso" em Petrolina
A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Contrassenso, que apura supostas irregularidades em contratações realizadas pela Secretaria de Educação de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
São investigadas possíveis práticas dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, falsidade ideológica e organização criminosa.
Cerca de 150 policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União (CGU) participam do cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal em Petrolina.
Segundo a PF, as investigações apontam irregularidades no fornecimento de materiais escolares, entre o final de 2015 até 2020, com o uso de recursos enviados pelo Governo Federal através do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), verba sob fiscalização da União.
A investigação é uma decorrência da análise do material apreendido na Operação Casa de Papel, deflagrada pela Polícia Federal no ano passado.
As buscas estão sendo realizadas em sedes de órgãos da Prefeitura de Petrolina, bem como na Região Metropolitana do Recife e no estado de Minas Gerais.
"As investigações apontam pagamento de possível
propina através de transferências bancárias em favor de terceiros, indicada por
um dos servidores investigados, além de demonstrar um frequente contato entre
os servidores públicos e os líderes do grupo econômico, principalmente em atos
referentes ao pagamento da prefeitura às empresas do grupo. A CGU realizou
auditoria em parte das contratações, apontando evidências dos artifícios
utilizados pelo grupo empresarial para burlar os processos licitatórios, em
especial o uso de empresas de fachada criadas em nome de interpostas pessoas
(laranjas)", afirma a Polícia Federal.
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