Por 9 votos a 2, STF decide que estados e municípios podem proibir cultos e missas presenciais durante a pandemia de covid-19
O STF (Supremo
Tribunal Federal) decidiu, por 9 votos a 2, que estados e municípios podem
restringir cultos e missas presenciais durante a pandemia da covid-19.
Os ministros
Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux
consideraram que a proibição temporária e em caráter emergencial não fere a
liberdade de religião e é necessária no grave momento de crise sanitária. Nunes
Marques e Dias Toffoli foram contrários.
Gilmar Mendes,
o relator do caso, considerou ao votar nesta quarta (7) que as restrições
temporárias não ferem a liberdade religiosa, que outros países adotaram
restrições semelhantes e que estados e municípios, além da União, são parte do
Estado garantidor dos direitos fundamentais.
"A
Constituição Federal de 1988 não parece tutelar o direito fundamental à
morte", falou.
Ele foi
acompanhado por Alexandre de Moraes, que disse que a ação não se trata de
perseguição ou criminalização de qualquer religião, mas do grave momento da
pandemia que o país atravessa.
Ele disse ainda que a laicidade do Estado ficaria comprometida se levasse em conta os "dogmas religiosos para tomar decisões fundamentais para a sobrevivência de seus cidadãos". "Se a pandemia sair do controle e precisarmos fazer um lockdown, e os cultos não, os cultos podem [permanecer abertos]. Não há justificativa, é total a falta de razoabilidade", disse.
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