HRA capta mais um coração para transplante realizado no Recife
O Hospital Regional do Agreste (HRA), que é referência nos atendimentos de urgência e emergência no Agreste do estado, também se destaca com a Central de Transplantes inserida na unidade. Contemplando mais um doador da fila de espera para transplante, o HRA realizou a segunda captação de coração do ano da unidade. Durante a tarde, o órgão foi enviado, por helicóptero, com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para o Recife. Também foram doados rins, fígado e córneas, que foram transportados por via terrestre.
O coração foi encaminhado para um homem de 69 anos que estava em prioridade na fila de transplante. O fígado foi para uma mulher de 74 anos. Os rins e as córneas vão para receptores ainda não definidos.
“Presenciamos, mais uma vez, o trabalho minucioso e de qualidade de toda a equipe do HRA, que se empenhou desde o diagnóstico da morte encefálica do paciente até a sensibilização da família em relação à doação. Esse comprometimento deve ser parabenizado e reconhecido”, ressalta Guacyra Pires, diretora-geral do HRA.
A doação de múltiplos órgãos só é feita mediante a identificação de morte encefálica. Para que se obtenha esse diagnóstico, o paciente é submetido a avaliações, testes e exames para fechamento do protocolo. Após todas essas etapas, a família é entrevistada e pode fazer a autorização ou a recusa da doação.
“Mais uma vez, precisamos reforçar a importância da sensibilidade da família do doador, que é quem autoriza a doação. Nesse caso, doador era um homem, de 38 anos, que sofreu traumatismo craniano após uma queda e teve morte encefálica confirmada na noite dessa terça. A família não hesitou em dizer sim para a doação e, com isso, pode salvar outras vidas”, pontua Raianne Monteiro, coordenadora da Central de Transplantes Macrorregional Caruaru.
No ano passado, em Pernambuco, foram realizados 1375 transplantes, entre órgãos sólidos e tecidos. Atualmente, o estado tem 2811 pessoas aguardando um órgão. Pode ser doador qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e que sua família autorize a doação dos órgãos ou tecidos. Algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV, impedem a doação. Para doar córneas, o doador pode ter tido morte com coração parado.
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