Polícia Federal alerta e orienta pais e filhos nesse período de férias sobre os perigos de ataque de abusadores pela Internet
A Polícia Federal, tendo em vista o aumento de denúncias dos crimes de abusadores nesse período de férias entre dezembro e janeiro em que as crianças passam muito mais tempo em suas casas, aproveitando e acessando a internet através de seus celulares, faz um alerta para os pais de forma preventiva, dando dicas de segurança, supervisão e controle, afim de que possam redobrar a atenção com relação aos perigos de ataques de cibercriminosos e abusadores contra seus filhos. Pesquisas recentes mostram que 08 em cada 10 adolescentes brasileiros já estão nas redes sociais por isso a supervisão, monitoramento e orientação se faz de fundamental importância para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes.
Temos estatísticas assustadores – tais como a cada 8 minutos uma criança é violentada no Brasil; Basta apenas 7 minutos para um abusador experiente atrair uma criança e marcar um encontro com ela estando na escola ou em casa. Uma foto de nudez da criança chega a valer R$ 5.000 reais e um vídeo com cenas de abuso R$ 10.000 mil reais no submundo da deepweb. *No ano de 2024 foram realizadas pela Polícia Federal em todo o Brasil 719 operações com 293 presos e 661 Mandados de Busca Cumpridos. Em Pernambuco tivemos no ano de 2024 – tivemos 20 operações com 31 presos e 15 mandados de busca cumpridos. Dentre os presos estão: professores, animadores de festas infantis, motoristas de escolas, parentes das crianças (pais, tios), policiais, servidores públicos, dentre outros.*
Dentre os crimes cometidos contra crianças e adolescentes estão o armazenamento, compartilhamento a produção e a venda de conteúdo pornográfico infantil, cujas penas somadas ultrapassam os 26 anos de reclusão. Em janeiro de 2024 tais crimes passaram a ser considerado hediondo, portanto, sem direito à fiança.
Os abusadores de crianças utilizam Lan Houses, para não serem identificados. Usam perfis falsos: negam a idade, nome, endereço e se fazem passar por crianças e adolescente; Usam informações fornecidas pela própria criança em suas redes sociais para atrair a atenção delas; Abordam temas sexuais de forma bem sutil usando fábulas para reduzir a sua inibição e cativá-la; Perguntam onde fica o computador na casa e se se existe algum adulto vendo a conversa dos dois. Procuram se interessar com os problemas das crianças quando elas estão tristes prometendo proteção e ajuda. Convencem a criança a ligar sua webcam para fotografá-la e filmá-la em conteúdo íntimo. Ameaçam de morte os pais para que a criança não conte nada para ninguém. As crianças quando são molestadas mudam de comportamento ficando retraídas, deprimidas, isoladas e tristes; apresentam choro em demasia; tem queda no rendimento escolar e dificuldade na aprendizagem; Não quer mais frequentar as aulas quando o abusador é da escola; Quando o abuso é dentro de casa, a criança não quer ficar perto do parente; Ficam agressivas querendo bater em outras crianças; Desenvolve uma perda violenta da autoestima com a sensação de não ter nenhum valor e se autopunem cortando partes do seu corpo.
Infelizmente existem hoje filhos órfãos de pais vivos, porque eles não sabem nada que acontecem na rotina diária de seus filhos em virtude de não participarem ativamente do convívio diário deles. No mundo em que vivemos é muito difícil criar um filho sem oferecer celular ou internet. Mas não podemos deixar a tecnologia se tornar prioridade na vida dos nossos filhos.* Devemos incentivar e acompanhar o desenvolvimento, sem esquecer que a infância é a fase de correr, pular e, o mais importante, de ter contato com outras crianças. Aqui vão algumas dicas de segurança:
*OS PAIS DEVEM TER UM VÍNCULO DE AMIZADE E CUMPLICIDADE COM SEUS FILHOS:* A correria do dia a dia faz com que as famílias não possam mais manter um diálogo franco e aberto com seus entes queridos. E o resultado disso são pais que não sabem mais nada acerca da rotina e dos problemas que seus filhos estão passando. Deve-se ter pelo menos dez minutos de conversa diariamente com seu filho para saber como foi o dia a dia dele com perguntas do gênero: Como foi o seu dia hoje? Conheceu novas amizades? Notou alguma coisa ou alguém estranho próximo de você? Ficou chateado com alguém? Tais perguntas vai proporcionar aos filhos uma cumplicidade muito grande com seus pais e um hábito extremamente saudável e no menor sinal de perigo, a criança procurará seus pais para conversar sobre o assunto e nunca procurará um estranho.
*NÃO PERMITA ALTAS HORAS DE EXPOSIÇÃO NA INTERNET:* A OMS (Organização Mundial de Saúde), Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda que os pais tem que estabelecer limites de uso dos celulares e computadores aos seus filhos. A primeira recomendação é que crianças de 0 a 2 (dois) anos não devem ser expostas a telas em nenhum momento. Um período de 1 (uma) hora por dia para crianças (2 a 5 anos), de 1 a 2 horas por dia para faixas etárias (6 e 10 anos) e de 2 a 3 horas para adolescentes (11 a 18 anos). Alguns adolescentes ultrapassam a linha da normalidade rumo a compulsão. Neste caso ofereça alternativas ao seu filho para fazer outra coisa – como passar tempo juntos em cinemas, corridas, teatros, restaurantes, shoppings, parques, praias etc.
*OS PAIS DEVEM TER UM CONHECIMENTO BÁSICO DE INTERNET E COMPUTAÇÃO, PRINCIPALMENTE SOBRE REDES SOCIAIS:* – Não precisam ser usuários assíduos ou experts das redes sociais, mas sim conhecê-las e para entender como funciona, porque como os pais poderão instruir seus filhos se eles forem ignorantes nesta área sem ter nenhum tipo de conhecimento e habilidade? Entre regularmente no perfil do seu filho para ver o que ele tem postado e com quem tem iniciado amizades. Essa ação deve ser realizada todas as vezes que houver indícios sérios de que algo está errado. Proibir não educa e nem previne o melhor caminho é o diálogo e a orientação. Quando o diálogo entre pais e filhos é natural, a amizade entre eles no meio digital se torna uma extensão da relação doméstica.
*OS PAIS DEVEM ALERTAR E CONSCIENTIZAR A CRIANÇA SOBRE OS PERIGOS QUE ELA PODE ENCONTRAR E ENSINÁ-LO A EVITÁ-LOS:* (alertas como: não colocar informação pessoais em demasias tais como: números de documentos, endereço residencial ou da escola, nome dos pais, foto da frente de sua residência, foto do carro com a placa exposta, da fachada do colégio, fotos com rol de amigos e jamais adicionar quem não se conhece; Nunca expor nem tirar fotos íntimas e jamais deixar estranhos ou adultos tocar em partes seu corpo íntimo informando sobre o bom e o mau toque. Não incluir desconhecidos em seu rol de amizades, mantendo apenas as pessoas que conhece fora do ambiente virtual, como os parentes, colegas de escolas e do condomínio;
*SE POSSÍVEL, DEIXE O COMPUTADOR NUM CÔMODO PÚBLICO E VISÍVEL DA CASA* para que em qualquer momento possa ser visualizado o que a criança está acessando.
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